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Fox-Time

Fox-Time

Telepatia

13.01.20

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A noite não tardava.
Os últimos raios de sol faziam o seu melhor para disfarçar o começo de mais uma noite gélida
e ausente daquele amor que habitava nele.


Negava o pensamento, estava, inexplicavelmente cansado.

Os sons temperados tomavam conta do seu lugar, dando corda aos ponteiros do relógio,
trazendo o passar das horas, da vida vazia.

A dor, latente, sua conhecida, era poderosa.
Fazia perguntas, dava respostas.
Era implacável.

Rendeu-se.

Foi assim que ela o encontrou.
É claro, a porta estava aberta.

"Olá..."

Levantou os olhos
"Olá..." Olhou-a espantado. Não a fazia ali...naquela hora.

Porra, como era linda.
O cabelo liso escuro caído em cascata em redor dos ombros num convite para enterrar as mãos nas suas mechas e puxá-las,
não para causar dor, apenas o suficiente para ela arquear o pescoço e levantar os belos seios que tinha,
pressionando os botões da camisa clara que trazia vestida, deixando um print bem visível do soutien.

Era engraçado, mesmo aquela indumentaria era incapaz de minimizar a sua sexualidade ou camuflar os seus atributos físicos.
Obviamente, não era comparável aos seus vestidos e saltos altos de deixar água na boca,
mas as curvas permaneciam irresistíveis e à medida que ela se aproximava dele, já conseguia antecipar o gosto da pele sedosa e perfumada.

Enfim, aquela mulher era como um vírus que tinha entrado no sistema dele!

"Amor"- aproximou-se, perante o silêncio dele - "Está tudo bem? Que se passa? Estás estranho."

Ela respirou fundo. "Não contava contigo hoje, só isso...Mas, estou muito feliz por te ver"

"Really?"- perguntou a sorrir - "Não parece. Continuas aí parado!"
E o ar de menina bem comportada deu lugar ao olhar de mulher sensual e traquina.

"Apanhaste-me de surpresa...quer dizer...tens algo em mente, é?"
Não queria parecer idiota, mas sim, apetecia-lhe beijá-la e pôr as mãos naquele traseiro dançarino!


Ela levantou uma sobrancelha, abriu os olhos, como que desafiando-o a continuar.

"Talvez seja boa ideia eu fechar mais cedo...e irmos até lá baixo, apesar de estar frio"

"E desde quando é que o frio é um problema...? Dá-me a chave...e põe te a andar!"

Não consegui disfarçar o sorriso e fez o que lhe foi pedido.
"Mas que cena?" - pensou - "Esta mulher é surreal! Qual montanha russa!"

"Então, vais ficar aí sentadinho?" - descia a escadas enquanto tirava o casaco.

"Sim, vou. Assim deixou-te fazer todo o trabalho..."

"Ai é?...ok...deixa ver..."
Sentou-se de frente para ele, ao seu colo, pernas abertas, dedos entrelaçados no cabelo, lábios sobre os dele, língua insistente.

"Gostas que te beije assim amor?"

"Sabes que sim miúda"

Desabotoou os botões da camisa e pediu-lhe para desapertar o soutien libertando os seis voluptuosos com mamilos ereto
que iam de encontro à boca faminta dele, soltando um primeiro gemido.


"Era isto que tinhas em mente?"- perguntou-lhe.


"Isto?- diz-lhe ela- "não, é mais..isto!"- e deslizou a mão por entre eles segurando firmemente a sua ereção.

Quando ele deu por isso já estava com as calças pelo tornozelos e ela somente de camisa aberta cobrindo os quadris dele,
obrigando-o a gemer igualmente, com ela, ao afundar-se nele.

Repetia aquele movimento que o agarrava e largava internamente, com sabedoria e paixão, por forma a não ser demasiado veloz,
mantendo-o excitado, a caminho do seu próprio prazer.

Fazia-o lentamente, como se tivessem todo o tempo do mundo só para eles, as mãos dele ora nas suas nádegas,
ora na cintura, num balançar ritmado mergulhado em calor húmido que já escorria pela cadeira em pele sintética.

Sentindo-o perto de explodir, saiu de cima dele - "mete-o por trás amor! Faz-me vir! Anda!"
Não se fez rogar, estava de pau ao rubro, ávido de a penetrar e fazer gritar de prazer.
Agarrou-a pela ancas e mal sentiu-a a colocar a cabeço do instrumento nas bordas da sua vagina enfiou-o com vigor,
dando lugar a estocadas rápidas e firmes.

Era, audível, o prazer dela e a respiração dele e não tardou ele sentir o aperto quente e molhado
em torno do seu sexo seguido do "toma amor toma, é todo teu!" que ele adorava ouvir...
e que o fazia ejacular sem controlo de imediato...caíndo sobre as costas dela,
abraçando-a por de trás, agarrando, ao de leve, nas mamas dela.


Beijavam-se suavemente.

Tinham-se vestido e ela sentado, ao colo dele, de lado.
Estavam quentes.
Abraçados
Sorridentes.

"Então, como te sentes agora?"- perguntou-lhe, olhos brilhantes que tudo diziam.

Respirou fundo.
" Nunca vou, verdadeiramente, entender-te, pois não?
Sinto-me o homem mais feliz do mundo.
O homem mais sortudo.
O homem mais parvo.
Mas porra...também nunca perceberás o quanto te amo!"


Oh amor, repondeu-lhe - "Enganas-te. Só tu me conheces. Não sentiste a nossa telepatia? Por isso, é que sou tua."

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