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Fox-Time

Fox-Time

Amor Silvestre

17.03.21

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Remexeu-se na cama, o corpo nu roçando entre os lençóis.

Umm..só podia ser ele... 
O cheiro dele invadia-a, excitando-a.
Passou a língua pelos lábios secos, humedecendo-os.

Tentou mover as mãos...mas algo envolvia-lhe os pulsos e barrava os movimentos.
Ele está a amarrar-me à cama!
Fizera-o de forma ligeira e ela sentiu que podia sair daquela situação facilmente,
mas, isso iria frustra-lo...e...também era verdade que a curiosidade prendia-a.
Virou-se para o encarar mas sentiu logo um lenço, escuro, delicado.
"Amor(!)...Estás a vendar-me?"

"Abre a boca miúda..."

"Não!"- respondeu-lhe, do jeito que o provocava.

Sentiu as mãos dele tocarem-lhe no queixo, delicadamente,
tentando que ela abrisse a boca.
Tal como era seu feitio, cerrou os lábios com força,
mas não resistiu quando ele passou o polegar por eles,
para depois empurra-lo para dentro da sua boca
fazendo-a sentir vontade de mordê-lo.


"Eu disse para abrir..."- novamente a voz dele comandou, firme,
mas ao mesmo tempo, sedutora.

Tocava-lhe nos lábios com algo duro.
Tentou, sem sucesso desviar-se e sem alternativa,
provou o que lhe era oferecido.
A textura era doce e levemente áspera.


"Prova a fruta do Amor..." - ouvi ele dizer, no meio de uma risada contida.

Uma amora...
Sorriu diante a criatividade do seu amante e tentou enrolar a língua
na fruta para mordê-la, mas ele afastou-a.

"Ahhh...agora já queres?"- perguntou maliciosamente.

"Tanto como tu quiseste os morangos com chocolate!"- respondeu atrevida.

Mas, ele permaneceu calado e não lhe deu logo a fruta....e quando o fez,
o seu gosto estava diferente, levemente ácido.
Percebeu que havia sido molhada em alguma bebida.
Ao morder, com afinco, deu logo conta do caldo grosso da fruta a escorrer,
levando-a à tentativa infrutuosa de alcançar tudo que se derramava.

Foi então que sentiu a língua quente dele percorrer os cantos da boca, lambendo-os.
Engoliu o pedaço da fruta rapidamente na esperança que aquela boca malandra
se encontrasse com a dela, mas não...

Havia outro pedaço de fruta...carregado de uma espuma adocicada e cremoso.
Era bom...
Queria perguntar-lhe o que era...mas verdadeiramente...naquele momento,
a única coisa que desejava ardentemente era...prová-lo...a ele...não ao creme!

Só que...ele parecia ler-lhe os pensamentos e limitava-se a atazaná-la,
afastando a fruta, fazendo-a de tonta.
Ouvia o risinho dele, divertido com o que a brincadeira lhe provocara.
Finalmente, beijou-a de surpresa, quase engasgando-a quando deixou um líquido
borbulhante e perfumado escorrer da sua boca para a dela.

Meio atrapalhada, tentou engolir tudo, mas era demais!
Champanhe!
Ummm...o sabor na primeira amora...era do champanhe!


Mais uma vez lambia-lhe os cantos da boca.


"Pára com a tortura! Fogo!"

"Só mais uma?" - perguntou, suavemente.

"Tá...só mais uma..."

O jogo continuava e como não usou as mãos para lhe dar a amora seguinte,
os dentes deles tocaram-se ruidosamente quando ela ergueu a cabeça
para tentar alcançar e roubar-lhe a fruta.
Finalmente conseguiu beijá-lo e lá dividiram a pobre coitada.
Chupou os lábios dele rudemente e ele então beijou-a de verdade,
a sua língua afundando-se, roubando-lhe a respiração.

"Ahhh...sim...vem... "
Sentia perfeitamente o seu corpo nu sobre o dela, insinuando-se, deixando-a senti-lo,
fazendo a sua tesão procurar a dele, fazendo-a entreabrir um pouco mais as pernas
para que ele se acomodasse melhor.

Então abandonou a boca para distribuir pequenos beijos pelo pescoço, orelhas,
ombros, todos aqueles pequenos lugares, que ele sabia que a deixavam louca de desejo.
Mordiscava os mamilos lentamente. Ora beliscava, ora lambia a carne sensível,
até que estavam tão enrijecidos que chegavam quase a doer.
Depois, soprava sobre os biquinhos molhados,
levando arrepios involuntários a percorrem-lhe a espinha.
Era impossível ela conter os gemidos e por aquela altura já o agarrava selvaticamente
pelos cabelos despenteados.

Seguidamente, desviou a atenção para o ventre e ela sentiu que ele se valia novamente
do champanhe, derrubando uma boa dose, provando cada milímetro de pele.

"Meu Deus, como é bom...!"- soltou, meio envergonhada do grito que deixou escapar
quando os lábios dele lhe envolveram o sexo.
Era tão bom...e ele fazia-o tão bem...
A língua habilidosa deslizava por cima daquele botãozinho carnudo excitado,chupando,
contornando, dando-lhe pequenos toques que a fazia tremer descontroladamente.
Os movimentos dele eram calmos e firmes...ela entregava-se...confiava...


"Ahhh...sim amor...sim...não pares..."- podia sentir que não iria resistir por muito tempo,
e nem desejava isso.
Primeiro um, depois outro...os dedos dele buscavam lugares que só um bom amante
sabia existirem e ele sabia, exactamente, onde tocar.
E, ela queria...deixava-o...ir mais além.
Já imaginava o sorriso dele, ao vê-la despertar, mais uma vez, diante de suas carícias ousadas.

O prazer tornou-se insuportável e ela explodiu sem conseguir controlar-se.
Arqueava-se e empurrava a sua intimidade de encontra à boca dele.
Por fim, deixou cair-se sobre o colchão, braços pesados,
esticados acima da sua cabeça, para cima das almofadas.

Sentiu que ele se debruçava novamente sobre o seu corpo.
Esperava-o.
Ele não pararia ali.
Ela sabia.
E queria-o.
"Eu... ahhh..."- o corpo dela contorcia-se, ansioso -"...quero-te! Vem amor...vem!"

Ele cedeu, não aguentando mais.
Deixou-a guiá-lo para dentro dela ao mesmo tempo que lhe acariciava o membro inchado.
Achava incrível a forma como o corpo daquela mulher respondia ao dele,
à medida que o ritmo da penetração aumentava,
os gemidos prazerosos fluindo sem contemplações, sem amarras.
"Deixa-me pôr em cima de ti...quero..."

Ajudou-a sentar-se ao seu colo, estabelecendo um ritmo cadenciado.
Ela, acostumada à sensação de ser completamente preenchida por ele,
afundava os seus quadris de encontro aos dele, arrancando ambos,
gemidos intensos e longos.

De repente, ele fez-a parar.
As suas mãos seguravam-lhe a cabeça e afastavam os longos cabelos húmidos da testa.


"Sabes miúda...a continuar assim estou feito..."- disse, os dedos a passearem,
lânguidos, pelas maças do rosto -"Tiras-me do sério..."
Moveu o rabo sobre ele, bem enterrada, mãos enroscadas no seu cabelo,
torcendo-os entre os dedos.
Mexia-se com propósito, olhos semi-cerrados, grudados nos dele.
"Sou tua...só tua..."

O seu sexo roçava deliciosamente nele e não tardou que se viesse mais uma vez,
cabeça tombando sobre o ombro dele, procurando apoio,
enquanto a respiração falhava um compasso num momento,
para de repente, de forma brusca, erguer-se...apoderando-se novamente do sexo dele,
movendo-se de forma quase selvagem,
vindo-se de forma continua, molhando-o abundantemente.
Ao sucumbir, sem fôlego, põe as mãos nos ombros dele e dá conta do aumentou de ritmo,
que se torna frenético, para em seguida senti-lo estremecer violentamente, enchendo-a.

Então era isso.
Eram um do outro.
Sentia que ele a pertencia.
Sentia que ela era dele.


"Ummm...que noite amor..."

"Como assim ?"- ele sorria -"Ainda não terminou..."

Acompanhou o olhar que ele lançou até onde se encontravam as amoras,
caprichosamente arrumadas numa tigela de barro rústico,
ao lado de outra, ainda repleta de chantili, guardanapos pretos em triângulos,
dois flutes e...a tal garrafa de champanhe num balde igualmente preto.

Ok...mas...deixa-me ficar só um cadinho assim...pode ser amor?
Sorriu e aninhou-se nele.

Afinal, a noite estava apenas a começar.

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