Vem...
15.09.20
Tinham regressado de um passeio de mãos dadas junto ao mar e acomodados dentro da viatura
escutavam a chuva que caía desalmadamente, freneticamente, vedando o carro do mundo exterior,
emprestando o seu manto de gotas serradas, irmãs das que já haviam coberto os seus corpos.
Olhou para ele de esguelha e imediatamente colheu um sorriso safado.
Como adorava aquele sorriso!
Aproxima-se devagar, libertando-se com agilidade do seu lugar e vai sentrar-se ao seu colo,
enroscando-se, mãos em volta do pescoço dele.
Vem...- sussurra-lhe ao ouvido.
Ele suspira, pega-lhe nos ombros e volta a sentá-la.
de seguida puxa o banco para trás sem tirar o olhar que se fixou no dela.
Passa as mãos pelo seu cabelo comprido, pausando de vez em quando para fazer
caricias na nuca e coro cabeludo.
Ela fecha os olhos e sucumbe ao toque carinhoso dos dedos dele,
que já percorrem o rosto e os lábios rosados entre abertos.
Ao sentir o desabotoar dos botões da blusa, olha-o de novo
e sorri porque sabe como ele gosta ela use as prendas que lhe dá.
O colar assenta-lhe lindamente...é tão...elegante...
Agora, de olhos bem despertos segue todos os gesto dele,
lentos, premeditados, fazendo crescer o desejo nela.
Vem...- diz-lhe novamente, a voz denotando uma rouquidão momentânea.
Pouco a pouco, passo a passo, ele continua tocando-lhe, bem devagar,
sabendo bem como isso a deixa louca e impaciente.
Fogo amor...Vem! Quero-te!
E, ele quer - Já estou a caminho...- consegue dizer, mas ...é ela que vai,
que não lhe dá tempo,
que o beija ardentemente,
que procurara atabalhoadamente libertar o volume contido nas calças dele,
um - quero-te dentro de mim já! - confunde-se com o refrão de Nella Fantasia a ecoar pelo carro embaciado.
És terrível miúda...- sussurra-lhe quando percebe que ela afasta as cuequinhas para se montar nele,
um gemido bem audível de prazer atirado ao ar sem contemplações,
a vontade de unir-se a ele, de entregar-se ao prazer, de sentir,
impondo-se a qualquer outra razão.
Ele agarra-lhe nos seios como ela gosta e mordisca-lhe os mamilos erectos,
ampara-lhe as ancas durante os movimentos verticais que ele desfere com alguma brusquidão,
tal é a ânsia de chegar ao orgasmo e o desejo de se vir para ele.
Não demora muito e ouve-a gritar baixinho - Toma amor...toma!...
e sente como toda ela estremece,
cabeço arqueada para trás,
mãos em torno do pescoço dele a perderem a garra
e uma avalanche quente inunda-lhe entre pernas.
Amor - ouve-a dizer, ofegante - vem te para mim...quero...
Dás-me cá uma tesão miúda, não consigo aguentar mais!...
Sim amor!...Vem!...Vem...depressa amor !