Chocolate Amargo
03.02.20
Olhava-a com intensidade enquanto ela balançava as ancas ao som da música de timbre sensual
que servia como fonte de inspiração à sua exibição atrevida.
Percebera então, que a ausência dela da sala depois do jantar havia sido planeada.
A musica escolhida, o trajo leve e sexy que denunciava falta de roupa intima, os saltos altos.
Tudo ao pormenor.
Deu uma volta à cadeira, virando-lhe as costas enquanto lhe dava a descobrir um pouco mais da sua pele.
Reparou, sem o esconder, que ele já se encontrava muito excitado.
Aproximou-se, deixando-o na expectativa e começou a despi-lo, desabotoando a camisa e o cinto,
Tocou ao de leve nos lábios dele, com os dela, afastando-se depois, rapidamente.
Caminhou de novo ao encontro da cadeira enquanto ia despindo totalmente o vestido,
até se encontrar nua e à mercê do seu olhar, como, sabia ele, tanto gostava,
Olhou-o nos olhos e com um simples gesto, chamou-o até ela.
Ele correspondeu.
Colocou as mãos dele sobre os seus seios, beijou-o com doçura e levou-o a sentar-se na cadeira.
Pôde ver no olhar dele o desejo de saber o que viria a seguir e isso deixou-a ainda mais molhada.
Foi para traz dele entre beijos no pescoço e mordidelas marotas nas orelhas,
enquanto ia passeando as mãos pelos os ombros.
Subitamente, com os dedos no cabelo dele, deu a volta,
encostou os seios ao seu rosto, á boca dele,
fez um compasso de espera apenas para deixá-lo chupar com afinco os mamilos,
e começou a descer,
lentamente,
à procura do seu sexo.
Ajoelhou-se.
Deu início à provocação, com a língua, com a boca...
Pediu-lhe para chegar-se um pouco à frente na cadeira,
excitava-se ainda mais quando conseguia acariciar-lhe os testiculos.
A cada carícia dada, podia sentir como a vontade dele crescia,
o seu sexo ficando cada vez mais teso, tal como ela gostava de o pôr,
tal como o queria ter dentro.
Sentia-se dona do momento, do prazer, adorava senti-lo,
sentir o seu prazer, proporcionar-lhe prazer, partilhar o prazer,
perder-se naquele prazer, perder-se...
Anda, põe-te aqui...quero-te...- ouviu-o sussurrar.
Não respondeu, não disse nada,
não lhe apetecia falar, apenas fazer amor.
Levantou-se e de costas para ele, sentando-se, enterrou-o todo, dentro dela.
Agarra-me ! - disse-lhe, e as mãos dele cobriram-lhe os seios com força, enquanto ela subia e descia,
numa cadência cada vez mais ritmada, intensa, ardente.
Os gemidos faziam-se ouvir, as palvras de incitação fluiam livremente, os gritos não tardariam.
Parou.
Abandono-o e caminhou até à porta do quarto, um rio de gotas brilhando à meia luz, pela costas abaixo,
outro, mais intimo e reluzente, iniciava a escorregadela por uma das pernas abaixo,
Ei ! Onde vais amor?
Virou-se de lado, apoiando-se na ombreira da porta, deixando transparecer a traquinice e sensualidade
que ele tão bem conhecia e gostava.
Não fiques chateado...apeteceu-me um chocolate...
...só isso...amargo...
Chocolate...agora ? - sorriu para ela.
Oh pá... sabes como sou amor... quando desejo algo...